Reinvento o amor
e ele reverterá as sombras
tecedo novas cores
em dias de sonhos e sabores
Esse amor que alimento
se refaz a cada dia
em cada beijo que dorme
na paz de meus lábios serenos
O amor que eu recrio
é feito de alma e fantasia
de desequilíbrio e malícia
pois todo amor é meio equilibrista
e se sustém por um fio
às vezes no espaço vazio
Esse amor recém-nascido
de um outro amor já aflito
do desconcerto dos desejos
agora tem muito mais poder
de se doar por inteiro
que todo amor sabe doer
e voltar no tempo
a fim de se refazer
Por esse amor que recupero
deixo meu grito mais austero
e a semente de minha ilusão
ele mora nas palavras
que fluem de meu coração
nas lembranças mais amenas
na linha oscilante do querer
e renasce todo dia
a cada novo amanhecer...
Flor Poeta